quinta-feira, 23 de agosto de 2012
terça-feira, 14 de agosto de 2012
quarta-feira, 8 de agosto de 2012
IMPRESSÕES SOBRE: Subúrbio Hardcore Attack
05 de agosto – Domingo ensolarado no subúrbio da capital baiana, e enquanto todo cidadão de bem estava aproveitando sua folga lá pelas praias de Tubarão e São Tomé, ou no cabaré de Orlando, o bando da Quem é Doido? propunha uma diferente opção. O aguardado Subúrbio Hardcore Attack, que apostou em uma divulgação ousada, tornara-se enfim uma realidade. De cara, confesso que fiquei surpreso com o local do som, discreto até para os transeuntes (como eu) da Avenida Afrânio Peixoto, a popular suburbana. Era como se aquele portão e a curta escadaria, num canto do Luso, nos transportassem para um mundo paralelo – o nosso mundo. Esquecendo esse papo de second life, vamos lá.
A banda Cogumelos Podres foi à primeira atração da tarde. Com um punk rock cheio de energia e acordes ramônicos, o quarteto paripense proporcionou algo que há tempos não se via no subúrbio - o surgimento de novas bandas neste estilo. Sangue novo fazendo som. Músicas convidativas para o pogo e refrões que grudam na cabeça são a tônica deste grupo composto por três caras e uma mina. Como toda banda nova que se preze, alguns covers foram devidamente executados. Alguns agradaram a galera, outros não. Destaque para o vocal da jovem.
Segunda atração da tarde, assim como no som do dia anterior em Simões Filho, a M.D.C. é a responsável pela catástrofe que se iniciaria a partir daqueles instantes. Definitivamente, não tem como dizer que o ambiente é o mesmo quando os caras começam a tocar. Ainda bem que o público notou isso, o que gerou uma bela comunhão. No som do dia anterior, senti a falta do contrabaixo (tocam sem), já em Plataforma acho que isso propiciou uma qualidade ímpar. Rolou espaço para um cover do Hutt. Destaco a ótima sincronia dos vocais, além do intrigante magnetismo entre Caio e o chão (o que gera um trocadilho supimpa). Pensei em resenhar a banda apenas com um sem comentários, mas preferi escrever essas linhas e resumir: do caralho.
Segunda atração da tarde, assim como no som do dia anterior em Simões Filho, a M.D.C. é a responsável pela catástrofe que se iniciaria a partir daqueles instantes. Definitivamente, não tem como dizer que o ambiente é o mesmo quando os caras começam a tocar. Ainda bem que o público notou isso, o que gerou uma bela comunhão. No som do dia anterior, senti a falta do contrabaixo (tocam sem), já em Plataforma acho que isso propiciou uma qualidade ímpar. Rolou espaço para um cover do Hutt. Destaco a ótima sincronia dos vocais, além do intrigante magnetismo entre Caio e o chão (o que gera um trocadilho supimpa). Pensei em resenhar a banda apenas com um sem comentários, mas preferi escrever essas linhas e resumir: do caralho.
Enquanto o público se refazia da apresentação anterior, a Ironbound tinha a responsabilidade de dar continuidade ao ritmo intenso do festival. No início, sentiu-se um ligeiro cansaço do público, mas nada que bons riffs e refrões não resolvessem. O som começou meio embolado, mas foi logo sanado pela galera que dava apoio. Tocaram as músicas dos EPs, mais alguns sons que estarão no próximo trabalho, além de covers de Slayer, Metallica e Motorhead. A esta altura ninguém mais fazia referência à palavra cansaço, e o stage dive seguia como uma atração à parte. Se o Atlético de Alagoinhas jogasse futebol como a Ironbound faz thrash / crossover, a dupla BA x VI teria graves problemas no Baianão.
Tocando praticamente no quintal de casa, a Sbórnia Social foi a seguinte a passar seu recado. Devido os constantes ensaios realizados para o já gravado EP da banda; Rafael, Lenon e Marília estão com uma pegada cada vez mais entrosada ao vivo. Uma música atrás da outra, sem muita conversa. Sons como Desde o Início e Cultura de Massa são as pistas para o material que será lançado em breve. Tocaram os mesmos covers da noite anterior em Simões, porém, Couch Slouch do DRI causou certa histeria no público.
O clima era de fim de festa quando a Theóryca (ex-Base Zero) começou a tocar. O grupo adota a linha melódica com letras bem cantadas por Rodrigo e com refrões em coro, bem diferente da linha das outras atrações. Porém, as músicas quebradas não ajudaram a segurar o público, que a esta altura deixava o recinto, com exceção de uma meia dúzia que balançava os esqueletos e cantava junto. O show seguiu morno até o fim.
Fim do 1° Subúrbio Hardcore Attack, mais uma iniciativa produzida na cara e na coragem baseada na cooperação dos chegados. Parabéns ao público presente, as bandas envolvidas, e a banquinha Crust or Die (rangos, cd’s, lp’s...).
Fotos: Quem é Doido? Vídeos.
terça-feira, 7 de agosto de 2012
IMPRESSÕES SOBRE: Respire Seu Próprio Veneno
Sábado - 04 de agosto. Seguindo
pelas estradas do CIA, rumo a Simões Filho, num fim de tarde nublado como um
sentimento reprimido que só receberia alívio com uma forte chuva, ou com gritos
e acordes de fúria. O destino era a Associação de Moradores da Pitanguinha
Nova, local do som, com as bandas: Expurgado, M.D.C., Egrégora, Sbórnia Social e
Devouring.
Chegando ao espaço, a Expurgado já recepcionava o público com
seu grindcore destruidor. Formada por figuras conhecidas como Maldito (Rancor)
e Tovar (Bosta Rala (rip), Into the Corpse), a banda fez um set comprimido por conta do novo
baixista que ainda não tinha o repertório completo na ponta dos dedos. Músicas
ultra-rápidas e o vocal gutural de Maldito marcaram a apresentação desta
experiente banda.
Já era início de noite quando a M.D.C. iniciava sua sessão de
sons no estilo velocidade da luz. Seguindo a linha grind da banda anterior,
esses verdadeiros mensageiros do caos foram os primeiros a assanhar o público
com um desempenho vigoroso, principalmente o vocalista Caio que ganhou de
brinde uns arranhões na performance cantar e rolar no chão. Já tinha ouvido
bons comentários sobre os caras, mas vê-los ao vivo mostrou que o estilo grindcore
possui competentes representantes em nossa cena.
Encerrada a primeira etapa composta
por petardos moedores, era chegada à hora da banda Egrégora dar a voz. O grupo uniu velocidade e cadencia, além de uma
energia típica das melhores bandas deste estilo. O instrumental muito bem executado servia
como pano de fundo para o vocal intenso da Carol. Infelizmente na apresentação da
Egrégora o publico estava meio disperso. Mesmo assim, a energia apresentada da
banda foi mais que suficiente para transmitir boas vibrações.
Eis que esse malaco véio que os
escreve tem mais uma vez a alcunha de resenhar algo sobre a Sbónia Social. Como havia dito pro
Rafael (guitarra e vocal), já me sinto suspeito para tal tarefa. Isso, porque
acompanho a banda desde o início e vejo-os evoluir a cada dia. De cara, foi à
banda que mais agitou o público, o que mostra que o hardcore da velha escola
não está tão degradado assim. Destaque para a inclusão de Marília nos vocais, que
era uma reivindicação antiga da galera. Fizeram covers do DRI, Vitamin X e
Ratos de Porão – este no bis. A apresentação da Sbórnia foi resumida no fim da
última microfonia, que teve o silêncio quebrado por uma garota no público que
largou um espontâneo “arrasou!”.
A última atração do evento foi Devouring, um power-trio death metal
bastante competente. A banda chegou ao evento com a moral de ter aberto o
recente show da banda paulistana Claustrofobia, em Salvador. Som bem entrosado com um ótimo vocal gutural, pena que a quantidade de
fãs deste estilo não estivesse em maior volume (nem o fato de ser a única banda local do evento ajudou), o que rendeu uma apresentação
para simples apreciação dos poucos que resistiam no espaço.
Antes do término da apresentação da
Devouring foi a hora de ir embora, já que em Simões Filho, ou volta de carro ou a
carruagem virá o derradeiro buzu das 21h. Então, já fui banda mel.
sexta-feira, 3 de agosto de 2012
ARTIGO DE LIXO
Participar
de um movimento alternativo requer bem mais do que o simples fato de freqüentar
eventos deste tipo. As inúmeras possibilidades que estão disponíveis se
apresentam como forma de desenvolver a criatividade, além de servirem como uma
vitrine de ideias. Muitas pessoas entendem de cara o recado e mergulham num mar
riquíssimo, desenvolvendo as próprias potencialidades e, as do tal movimento.
Daí, a importância de formar bandas, escrever fanzines (musicais, políticos,
poéticos...), organizar shows, produzir vestimentas, pintar, grafitar,
cozinhar, vender, comprar; enfim, fazer nossa pequena engrenagem acontecer.
Estar integrado é bem mais do que ir a pequenos shows das bandas dos amigos e
venerar algo que é dispensável. Forme sua banda e expresse sua ideologia, ou,
traga algo novo para confrontar-se com o que não concorda. Furte o microfone e
declame poesias que contem algo sobre amor e liberdade. Pinte os muros da
passividade com o neo-surrealismo urbano em cores berrantes. Fotografe o caos
cotidiano em um ensaio que servirá como relato dos derradeiros dias. Desenvolva
artesanatos, e pela primeira vez respire o ar da independência. Faça você mesmo
e sentirás o sentido de tudo isso.
Recicle suas ideias
Assinar:
Postagens (Atom)